sexta-feira, 21 de maio de 2010
Fênix
A vida é uma escola mórbida de ensinamentos insanos e incompletos, a ponto de tornarmo-nos alucinantes precoces e inadequados ao belo.
Sou a fênix.
E ainda sou tão sutil como nem mesmo posso observar.
São tantos os perigos terrenos, flutuantes e inigualáveis, que mais vale um par de asas que um de pernas.
O medo é um albergue, e estou nele sem querer estar em outro lugar, escrevo para vos provar que tenho medo.
Entretanto, medo de que? De viver? De estar aqui ou acolá? Medo de transbordar minha incompatibilidade com o universo, ou medo de mim mesma? Desafio-me a toda hora, tentando vencer-me a todo custo.
Em suma, tudo me faz estranha, escalar, estática e bastante complexa, permitindo que ainda assim, somente o escrever me sirva, é uma questão de compromisso “além-fúnebre”, renascendo e me RE-transformando.
Autor:
Luana Estevão
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já dizia Nietzsche:"como tornar-se outro se primeiro voçê não virar cinzas?"esse texto retrata a questão do renascer,e como é ingrime essa renovação alguns nunca consegue e ficam fadados ao interminavél encontro de seus fracassos.já outros com destreza das cinzas tornam-se folhas verdes esperaçosas.
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