quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

MEU VIOLINO

E esse instrumento, que toca um som de anátema!

Um som triste e ao mesmo tempo vibrante,

Dolorido e angustiante, mas que me acalma!

Por que meu violino te fizeram assim,

com esse amargo poder de brandar minha alma?

  
Suzan Sioux (10/12/2014)

terça-feira, 15 de julho de 2014

 MEU SORRISO

Vontade de sorrir espontaneamente e verdadeiramente.

Um sorriso autêntico, um sorriso alegre, um sorriso intenso...

Mas o meu sorriso é preso e quando solto é discretamente.

Um sorriso fajuto, com pouca emoção e que logo é suspenso.

...

Um sorriso pode valer mais do que mil palavras.

O meu, vale um silêncio.


Suzan Sioux
15/07/2014

quinta-feira, 24 de abril de 2014



SOLIDÃO GENUÍNA

Prefiro a minha solidão genuína
à falsa presença de qualquer pessoa.
Simular um sentimento de simpatia
só alimenta a tristeza que minh'alma escoa...


Suzan Sioux
24/04/2014

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Sobre Verdades'


Mudam as estações,
mudam as cores,
o clima,
o verso
a rima;

Mudam os jeitos,
a sintaxe da vida,
as regras do jogo.
E os aplausos se invertem.

Mudam os olhares,
e mudam os caminhos.
E o poeta ganha uma verdade
que não muda jamais.

Verdades não mudam,
embora pareçam mentiras;
embora descompostas, 
perdida e desejada ferozmente. 
Verdade é verdade e isso basta ao mundo. 

Mas, 
o mundo muda. 
A intensidade da chuva, 
a sombra na lua, 
o formato da nuvem, 
a posição do sol. 

Verdades continuam, 
não passam como as águas embaixo da 
ponte. São segredos existenciais na 
sublime existência mal vivida. 

O que é humano passa, muda e se desfaz. 
O que é de Alma se intensifica, é sólido, 
ríspido e claro. E é claro: Não MUDA! 
Alma é maior que corpo, e maior que o mundo, 
e maior que qualquer outra verdade bem dita! 

Haia Saer'

domingo, 16 de fevereiro de 2014

De um caminho












Foto: Pernes



Uma confusão de estrelas nos teus olhos
Fez que ia me distrair do resto do mundo.
E no que meu único mapa era você,
Um labirinto chamado sorriso
Cuidou de mostrar o caminho do beijo

                                      
                                              (Halifas Quaresma)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Clandestina


Ela
Está em conflito
Ensaia um mudo grito
Sem muito êxito
Ela...deu respostas errantes
Viu o romper de limites
Assustar o seu amante
Nessa vida clandestina
O desejo alivia como morfina
E para um espírito tão ardente
O novo é a chama providente
Tenho dito
Sem meio termo
Nada Prescrito
Ou mais do mesmo...
Ela...
Rasgou a bolha
Tem marcas de batalha
Na pele retalhada
Ela...perde os sentidos
No toque incontido
Do amor consentido
Na tua dança clandestina
Cigana, teu íntimo alucina
Se a tua natureza é louca
Deixe-a rosnar até ficar rouca
Ainda repito
É folga no aperto
A mostra no encoberto
No defeito é concerto
É sonho acordado
Em beijos acalorados
Mulher que aflora
Na pressa do agora
Pode as vezes parecer imprudente
Mas sobre o que quer é bem ciente
Mesmo desatinando a andar na contra mão...
Ainda parece estar repleta de razão...

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Entre No Jogo




Tem Mente Opaca

E a carne fraca

Embalado a vácuo

Inofensivo mas fátuo

Nas Regras impostas

Cerceiam as castas

Exibem pelas costas

Tuas vergonhas tácitas

Bati seu retrato

Em meu molde barato

Comprou minha briga

Reluziu minha intriga

Um pouco mais velho

Porem o mesmo paspalho

No auge da raiva

Engasgou na própria saliva

Vai desistir logo

E entrar no Jogo

Descobre no epílogo

Que se prendeu

A um monólogo

É a vez da omissão

E do denso retardo

Pedido de permissão

Calma no absurdo

Usa a melhor esquiva

Manobra evasiva

Ação preventiva

Covardia incisiva

Na frágil reprimenda

Ao mínimo desejo

Tu engole seco

Com fino traquejo

Sujeito sem predicado

Tem o sonho deformado

Um amor enlatado

E amigos inanimados

Como refugo

Vai Entrar no jogo

Vão Negar Afago

E te repelem

Âmago vago

ACONTECIMENTO FORTUITO




_ Olha a garota que caiu,

Vamos ver o "formidável"?!

Quem viu apenas riu

Do momento desagradável.


(_Que humanidade egoísta

De pensamento detestável

Enquanto escorregava e caía

Não tive ajuda, só aplausos.)


21/01/2014
Suzan Sioux

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O TEU OLHAR


Dedicado à Marcell  Diniz


O que ocultas neste penetrante olhar

Que desperta minhas vontades

E que faz meus sentidos afervorar?

Ah! Tu és nos meus sonhos a majestade

E o teu olhar eu não canso de apreciar.

E nessa minha simples realidade

Com teu olhar intenso a me provocar,

É você quem quero para a eternidade

É o único que me dedicarei a amar.


Suzan Sioux 
10/01/2014

Poema nada digno!


Estou desistindo de mim.
Estou desistindo porque não poderei ser muita coisa
ou muito gente longe dessas questões de nós dois.
Se não quiser que eu vá me dá teu abraço, me dá
tua palavra.

E apenas Deus pode me salvar de mim, e peço a ele que
venha, que não se ausente e que me transforme.
Sou descendente de senhoras loucas que doaram a vida por amor,
que renunciaram o tempo, as denúncias e a dor.

Eu já desisti de mim, estou perdida,
insana, dentro da doce loucura de contemplar o teu
ser. O que de pior pode acontecer?

Não permita que eu vá!
Não permita. 


Haia Saer'

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Homem de Negócios




É polindo tua grandeza
Que expõe tua fraqueza
Trajar a avareza
Não te faz da realeza
És homem de negócios
Ou placa de anúncios?
Tosco resquício
Desse falido hospício
O reverbero humano
É perecer insano?
Tolo artifício
Mal presságio
Gozo fictício
É o truque propício
E caro benefício
Exibe satisfeito
Demasiado desgosto
O que lhe é bonito
É velho e decrepito
Guarda seus remorsos
Como brilhantes espólios
Troca o lúdico
Pelo fatídico
Afirma fazer planos...
Inequívoco engano
Vil ofício
Doce ludibrio
Vazio auspício
És malévolo indício
E Empurrão no precipício...

sábado, 18 de janeiro de 2014

PERDIDA



Perdi-me enquanto estive sozinha

Durante alguns meses de insatisfação

Por descuido tornei-me instintiva

Deixei desabrochar em mim a ilusão.


Não esqueço das palavras ardilosas

De quem vive a ludibriar os outros

Carrego em mim a culpa dolorosa

De ter acreditado num ser monstruoso.


Fui ingênua, eu sei, que decepção!

Tinha-me refugiado ao mundo ordinário

Os fatos quebraram minha intuição

E fizeram de mim um ser detestável.


Mas há de ter alguém entendido

Que acredite na minha declaração

De que às vezes errei sem desígnio

E com tudo garanti essa revelação:


Ser excêntrica não é minha pretensão

Apesar de uma vida simples e normal 

Estou em harmonia com a introversão

Pois não me ajusto a esse cenário trivial.



Suzan Sioux
18/01/2014

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cianeto



Sobre os olhares depravados
Este desnaturado cresceu
Exemplo de filho deserdado
Faz do declínio o apogeu
Criança sem jeito
Menino ingrato
Como podre fruto
És talento nato
Recusa o fato
De que é melhor morto
És reto quando torto
Vai exalando Cianeto!
Ser confinado a uma mente claustrofóbica
É detenção com truculência
É como ter uma arma contra a nuca
Com certa recorrência...
Até o bom sujeito
Parece suspeito
Falta com o respeito
E deixa fio solto
Asno quando astuto
Calmo quando puto
Amor sem intento
Beijo com Cianeto!
Marcha com voraz paixão
Para a auto destruição
Conduz sua atuação
Por um roteiro de contradição...
Cospe no prato
Desfigura conceito
É a sombra no vulto
Do ultimo ato
Ódio no rosto
Belo defeito
Trato desfeito
Coração de Cianeto!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

CORAGEM



Vai em frente,

Vai menina!

Agarra e abraça

Tua sina.

Vai sem medo

E com estima.

Não demore,

Não desista.

Suzan Sioux

(27/11/2013)


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Estilhaços



Aos cacos
Estirado
O teu espírito é como um favo
Do mais grosso pecado
Tão afiado...
Aos trancos
Avariado
Quando algo é quebrado
Por menor que seja o pedaço
Ficam Estilhaços
Espasmos
Solavancos
É o medo vindo a seu encontro
E no teu farto pranto
Sobra desacato
Tão mudo
Devastado
Se debate no lodo
De mentiras com respaldo
Que fardo pesado...
Apagando lentamente
Como cinzas de cigarro
Sufocado pelo não dito
Preso ao pigarro
Permite que o inimigo
Se acomode do seu lado
O desgosto é palanque
Que lhe dá respaldo...

Sem Orgulho



Não importa se tu goza
De grande reputação
Vão te por de joelhos
Sem direito a reação
Irá apanhar
Antes que possa revidar
Pelas mãos de um zé ninguém
Vindo de lugar nenhum
Vai mordiscar as sobras
Com faminta resignação
E se alojar na penumbra
Máxima precaução
Engole tua honra
Morra sem fazer barulho
És o escolhido
O homem sem orgulho
Saber o que quer
Não implica no que vai ter
Fará o que puder
E mal ficará de pé
Marcas permanentes
Não te fazem altivo
A dor é benevolente
Por te manter vivo
Vão te abafar
Antes que possa dizer
Vai parar pra orar
E pragas irão te benzer
Fez da própria História
Páginas de ato falho
És canção a escória
Homem sem orgulho