sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ana - arquia

Se eu pudesse te mostrar como tudo isso que você busca não faz sentido,
Você cairia louca, também sem sentido.
O que somos é só que querem que sejamos, não o que pensamos,
Isso não é de agora e não é uma boa hora para explicar,
Afinal de contas amanhã é seu teste,
Vá adquirir mais experiência, eu fico com minha falsa sensação
De que o mundo pode ser melhor quando também somos.
Mas então quando o que somos é nada, o mundo é o quê?
Não importa se ele não é nosso e se quem o tem não o mostra como é,
E sim como quer que vejamos.
É, no final a gente volta ao mesmo ponto já sem saber de que ponto partir novamente
É assim que eles querem a gente,
É assim que eles destroem as mentes,
É mais ou menos assim, Ana.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Eu sou o poder que eu quero ter

Eu já cansei de lutar com sombras que consomem quase totalmente a minha luz
Eu juro que se isso acabar eu nunca mais vou atirar pedra na cruz
Eu ando tremendo, olhando pros lados, pensando demais
E fico perguntando se ainda sou capaz
Capaz de manter os passos firmes, capaz de prender teu olhar
E fazer algo mais do que só lamentar
Eu sinto que essa fase está para acabar basta apenas eu ter
O otimismo dos que não se contentam em perder
Eu sinto que essa greve vai acabar basta apenas eu ser
Porta voz de uma união que faria a terra tremer! Heitor Matos da Silva e Valciãn

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Você sabe demais,
Você sabe tudo
E o triste nisso tudo
É que você não tem mais nada pra aprender
E vai virar idiota, pateta, louco, surdo, mudo,
Sem novos mundos para conhecer,
Você não foi com calma,
Marx explorou demais Você.
É, ele foi otário,
Marx e Che não quiseram nem saber.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fardo



Entra em cena o equilibrista
Equilibra três pratos leves
Segue firme e sem erros
E lhe colocam mais dois, três
Seis, nove, doze pratos.

Desesperado, vê os pratos caindo um a um
Quebram-se todos.
Apagam-se as luzes
Fecham-se as cortinas.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Folhas Secas



"Waiting for the sun

Waiting for the sun
Waiting for the sun..."

Ao passo em que envelheço
Enevoeço
Os dias são previsíveis
Mas os anos, estes me lançam a um amontoado de incertezas
E inquietude

Ah, maldição...
Quantos amores de abandono ainda virão?
Devia eu ser um grande cafajeste
Talvez não me remoesse tanto
Mas até para isso é preciso ter talento

É uma vida sem cor, sem amor, sem nem mesmo rancor
Vida em constante outono.

terça-feira, 8 de maio de 2012

I'm

Um lugar onde eu possa ser hipócrita em paz,
Me preocupar com os animais sem me envolver.
Um lugar onde eu possa viver de aparência,
Tou nem aí pra decadência, pro bem viver.

Eu só quero estar e causar impressão,
Quando eu quiser ser, que seja somente pra chamar atenção.
Um lugar onde eu possa viver na mediocridade,
Na ambição que só a futilidade proporciona.

E não me olhem torto quando revelar minha falsidade,
É que estou me adaptando à situação.
Quem nunca agiu desta forma não conhece o que é traição
Como Jesus conheceu e mudou a História,

Como Zumbi que hoje morto, vive com glória.
A cada demagogia uma nova transformação
Pra garantir a sobrevivência e legitimar a Teoria da Evolução
E ainda manter o sistema regido pelas leis do meu Mundo Cão

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sou vazia

e falo

A boca externa a complexa mentira 

achando que por quantidade não falha

Mas quando a mente está cheia

A boca cala
A boca compreende que não se fala
o que entende mas não o valha
porque há gente vazia.




Fernanda Paz

...besteira, uma grande besteira,
Pois o Amor e a Vida não duram uma vida inteira,
Até a eternidade de um instante é passageira
E eu estou pouco me importando.
Só acredito no que nego,
No que não tem escolha,
Ou você derruba a árvore que plantou
Ou não terá a folha.
Perder, meu bem, perder,
É ganhar sabendo
Que quanto mais você se afasta
Já está por dentro.
Morrer, querida, simplesmente morrer,
É viver sem as coisas que você tanto batalhou para ter
E descobrir tudo aquilo que se deixou de Ser.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Desolado

Há quanto tempo os governantes são os mesmos, Amor,
Com atitudes que mascaram sempre a mesma dor?
Eu não queria que só Família desse sentido à minha vida...
Até porque meus filhos vão fazer perguntas das quais eu queria ter respostas...
Sobre como o homem é indiferente quando ele pode passar pela mesma situação.

E quando eu perco uma dúvida não é porque eu passei a acreditar,
É mais fácil ter sido porque algo me desiludiu.
A Sociedade para mim tem todo um sentimento,
Mas eles só querem tratar das coisas falando de sistemas,
Por isso eu sofro sempre, talvez por isso eu sofra mais.

Não quero viver porque as propagandas dizem que eu preciso,
Eu tenho que sentir essa necessidade como aflição
E no momento eu só tenho angústia, angústia e desolação.