quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vai ser hoje,
Eu sinto,
Você está querendo...
Depois bebe veneno,
Eu enlouqueço uns dias
e a gente outra vez.

Tudo bem,
No Seu tempo,
Mas o que falta?
Confia em mim,
Eu quero você...

Anda,
Tira a roupa dos meus olhos,
Ponho a lua na janela
E não vejo mais nada,
É só intuição,
Tua boca sei pela respiração,
Meço o prazer pelas batidas do teu coração.

Agora,
Deus...,
Puta que pariu...
Com a força que resta
Termina de me engolir
Pra eu te consumir de dentro.

quarta-feira, 28 de julho de 2010


E o céu pelos tais óculos
Cores com contraste de verdades falsas e intensas

Melhor o céu com as cores dos meus óculos
Realidade vermelha e minha

Contraste de verdades falsas e bonitas.

Intensas.
Realidade minha e bonita.

Falso contraste no céu.

Fernanda Paz.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Minha Poesia

Se eu fosse um caderno
Eu não teria linhas, mas entrelinhas...

E nessas entrelinhas eu veria escritas palavras sempre doces
Corretas
Lindas
e saborosas

Se eu fosse um caderno com entrelinhas e poesia escrita
Eu teria que ter um poeta para me escrever
Não só a sua história. Não só a minha
Mas a nossa linda - e às vezes trágica - história

Então, se eu fosse tudo isso, quem sabe o meu poeta não se virasse para mim e me chamasse de "Minha Poesia"...

{Carol Sousa}

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Mate-me

Te dou minha arma mais singela e poderosa
Te dou a mais forte  e concisa


Te dou a unica arma que não mata
Mas que vence batalhas sozinha

Te dou uma flor
pela minha vida

Te minha flor
em prol de minha liberdade

Te dou minha arma mais singela e poderosa
Mas que vence batalhas sozinha

Mas se nada disso a te surte efeito
Peço que me mate
Mate-me
como um indignte a que sujeito

Te dou a faca e a corda!
Pois eu mesmo nao teria coragem
De fazer de minha vida
De minha pobre, mais minha vida
Tal mesquinha insanidade

Mais uma coisa te peço
Que ao me enterrar
Jogue sobre mim essa flor
Sinal de minha luta e resistência
A unica arma que ousei tocar.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Porque você?

Me perguntaram porque eu fui gostar logo de você. Não sei responder. Eu não sei.
Talvez tenha sido as tuas idiotices, caretas e tua forma exagerada de se expressar.
Talvez tenha sido teu riso bonito, tuas graças.
Talvez tenha sido a tua inteligência, tua forma de criar as coisas.
Talvez tenha sido por causa daquela vez que você tocou e cantou pra mim.
Talvez porque achei o teu desdém um carinho.
Talvez você até tenha sido realmente carinhoso comigo.
Talvez tenha sido por causa daquela vez que eu deitei sobre você. Descansando. Me esquentando.
Talvez tenha sido por causa das vezes que não me deixou ir sozinha pra casa.
Talvez não tenha necessitado motivo algum, amor acontece, amor se sente, amor se vive.
Mesmo que todo esse amor tenha sido só da minha parte.

...e eu tô voltando pra casa'

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A crônica do cláudio...

Uma vítima de outra vítima

Ontem, estava eu em um ponto de ônibus, mais precisamente, na caixa d’água do Parque Piauí, mais ou menos por volta das 6h da manhã, logo após uma longa noite de trabalho, Cansado, ressacado, morrendo de sono, com um olho fechado e outro aberto para não perder a chegada do ônibus que já estava atrasado a pelo menos uns 15 ou 20 minutos... Quando de repente encostaram-se a mim três elementos gritando: passa tudo, bora porra! Passa tudo! Logo me despertei naquela realidade, pois estava completamente distraído, ouvindo musicas pelos fones de ouvido que saia do meu aparelho celular, que foi o que chamou a atenção dos marginais. E numa curta resistência corporal, vi o meu aparelho celular e todos os meus contatos serem levados embora por aqueles meliantes que estavam armados e visivelmente drogados.
Por um segundo, ainda pensei em pedir-lhes para que não levassem o chip, pois tinha ali todos os contatos importantes que eu tinha reunido ao longo de pelo menos 10 anos, inclusive, os mais recentes, de pessoas que eu precisava urgentemente ligar e que eu não sabia de cor. Mas, como eles não tinham levado minha carteira, e que justamente naquele momento, continha todo o dinheiro do fruto de um trabalho suado, de três noites seguidas, servindo mesas, limpando chão, lavando pratos, copos, e talheres; além dos abusos de bêbados e da exploração do dono bar, onde eu estava fazendo um bico de garçom pra ver se dava uma aliviada no orçamento lá de casa... Achei melhor deixá-los levarem o aparelho mesmo com o chip, para que não lhes despertasse o interesse por algo a mais; no caso, todo o dinheiro que eu tinha na vida.
Naquele momento, fiz uma rápida reflexão de toda a situação, reconheci que na verdade eu estava sendo vitima de dois crimes consecutivos. Primeiramente, eu estava sendo vitima de um sistema capitalista mercenário, que enriquece a custa da exploração dos menos abastados e necessitados, que se tornam obrigados a submeter-se a subserviência de suas atividades mais essenciais, e que na verdade não significam nada em relação ao valor material de sua importância de trabalho. E um segundo crime, cometido pelas verdadeiras vítimas do sistema social, que vivem a margem da vida; e que tem os seus dias contados para servirem de adubo para a fertilização do submundo marginal, necessário para a manutenção e equilíbrio da desigualdade social. Após essa reflexão, respirei fundo e dei graças a Deus por ainda estar vivo e ter a capacidade de poder comprar outro aparelho celular, mais moderno ainda, na semana que vem.
A minha única pena mesmo foi ter perdido a minha agenda telefônica... Que merda!


Taiguara Bruno

terça-feira, 20 de julho de 2010

Espero que sim

Súbito, se foi.
Calma, amanhã tudo voltará ao normal.
Não sei bem se sim ou se não.
Nunca me pergunte sobre qualquer tempo.
Pois lhe responderei sempre com uma incerteza.
Me senti tão só neste momento.
Por um segundo achei que não conseguiria.
Por um milésimo.
Inspire e expire.
Sempre é assim quando se gosta.
Sinto vários de mim mesmo.
Já não sou mais coeso.
Vejo uma silhueta bem no fundo, no canto mais sutil.
Da consciência vejo algo que transcende,
Sem sonhar.
Não se mostra uma gota de euforia
Ou um excesso de empatia.
Canso a razão e não entendo o que o coração já desenha com clareza.
Será um principio de algo duvidoso em minhas incertezas?
Quero que seja.

Nícolas Marcos

TPM

E todos ainda querem que eu seja uma puta de uma santa

Não. Não dá.
O que me machuca eu vou lá e digo
Demonstro
Falo
Rasgo
Até minha garganta se sujar

Engraçado que ainda tem gente que pensa que eu tenho que ser uma puta de uma submissa!

{Carol Sousa}

domingo, 18 de julho de 2010

Desse Blues


O blues me invade suave.
Maltratando os ouvidos com suas falas meio nuas.
A chave da memória descansada em cada nota.
Cada cifra maldosa
Cortando o ar com os acordes da guitarra.
O blues me invade a sala.
Mastigando meus sabores.
E cuspindo fora meus desastres.
O som me invade a alma,
Que toda enlameada,
Começa a dançar.
Traz consigo os baldes de lágrimas.
E com um toque esquerdo de quem ousa machucar,
Toca-me os punhos.
E me leva pro fundo de um quarto escuro
Que eu chamo de porão.
Rime!
(Halifas Quaresma)

sábado, 17 de julho de 2010

Anonimato


Eu vi o menino no anonimato.
É como já era de fato.
Eu vi o menino anonimato.
Desovado,
Assassinado,
Carbonizado.
Mais um cidadão comum.
Sem muito glamour.
Mais um cidadão comum.
Igual á qualquer um.
Eu vi o menino no anonimato.
Tarjas, legendas, sendo notícia no jornal.
Eu vi o menino no anonimato.
Vivendo seu crise social.
Drogas, fome.
Eu vi o menino no anonimato.
Vivendo sua vida tosca.
Eu vi o menino no anonimato.
Sobre vivendo é morrendo como mosca.
Eu vi o menino no anonimato.
Mais não foi ele que matou.
Eu vi o menino no anonimato.
Distribuindo o que professor ensinou.
Ódio, violência, tristeza, pobreza.
Eu vi o menino no anonimato.
Ele é aquele quer ninguém quer ver.
Eu vi o menino no anonimato.
O menino morto no noticiário da TV.

Algo para além da razão.

Há, pois, qualquer coisa
neste sorisso
que não é só riso.
É sincero, delicado, apaixonante.

Há, pois, qualquer coisa
nestes olhos,
que não sei ao certo definir.
Há, pois, qualquer coisa
que fascina,
e que não mais cabe a mim resitir.

Há, pois, qualquer coisa
em você
que me faz querer estar perto.
Te abraçar, te envolver. Proteger.

Há, pois, qualquer coisa
no teu ser,
que de mim aranca o melhor sorriso,
que me faz crescer
e me entregar sem fazer nenhum juizo.

E como um todo
e todo tempo.
quer passe quer paralise.
Para o tempo que for,
e para onde for.
Pois, há sempre de existir alguma coisa entre nos!

é...
Há, definitivamente, alguma coisa entre nós,
um laço, uma fita, uma ligação.
Algo para além da razão.

(A)

Porra, porra, puta que pariu,
Mago branco de barba vil.
How could we know ?
Como?
Marcha com tua capa e coroa alternativas.
Tempos e tempos
Águas e águas passaram
Nunca vamos compreender que onda é essa.
Sentimos vibrar o espírito Raulino
Irreverente e viril.
Mesmo em caminhos estreitos.
Voe, viaje, sobre galáxias
E encontre o arquiteto responsável
Por tudo isso, carpinteiro.
Ouro de tolo metamórfico.
Seguimos sempre sua cantoria ébria
E refinada.
À La verdadeiro rock club
Já enfermo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Confissões de adolescente

Um dia ele me perguntou o que eu queria dele...

Uma lista? Ok!

Dele eu só queria o cheiro
A pele macia
O cobertor
E o sedoso cabelo

Dele eu não queria muita coisa
Só queria o som da voz
O barulho das pegadas
O jeito de falar

Acontece que dele eu não queria nada além
Do beijo roubado
Do jeito moleque
Do abraço apertado

Pronto.
Nem de rimas precisa.
Basta esse pacote inteiro de confusão
Bastaria ele + esse pacote inteiro de confusão.

E o meu lado esquerdo ficaria completo!!

{Carol Sousa}

Esse é o nosso futebol

O que é o futebol?
Futebol é arte
Onde trocar suores
Só faz parte

Tenho um time
Um daqueles que se diz
Meio desconsertado (...)
Meio feliz

Entre goles e baforadas
Cinco minutos de jogo
Entre risos e brigas
Em quadra arde como fogo

Jogando com profissionais
A segunda colocação conseguiu
E nesse campeonato?
Coitadas de quem nos perseguiu.

Que ousadia!!!

{Carol Sousa}

O que não se deve dizer a um fraco de espírito

Todo mundo tem problema
quer saber
todo mundo é um pouco feio
todo mundo tem a mesma televisão em casa
é sim.
o todo parece um só
mas não sabe a necessidade do outro
a não ser que passe a ser a tua também
a não ser quando te roubam
pra tu perceber o que falta pra quem fez isso
todo mundo é egoísta mesmo
e não tá nem aí
e se tá, pensa que não pode mudar
que é natural
que é instinto
ninguém quer se adaptar
mas quer ser parecido com todo mundo
todo mundo faz parte do mundo todo
ainda bem que eu fico a margem do mundo
na sombra
penumbra não
na sombra
com vento
com pingos
com folhas secas
comigo
em paz
com Deus
cara
salva
isso
pelo o amor do divino.


VALCIÃN, O ÉBRIO NÃO ALCÓOLATRA

quinta-feira, 15 de julho de 2010

?



A fé?
O conhecimento?
A religião?
O sonho?
A razão?
A culpa?
O método?
A economia?
A sociedade?
O pré-conceito?
A paz?
A pobreza?
A instabilidade?
A guerra?
A fome?
A integração?
O medo?
A ambição?
A informática?
A alienação?
A juventude?
A moda?
O tempo?
A música?
A dúvida?
A hipocrisia?
O amor?
O tormento?
O esplendor?
A poesia?
A reflexão?
A revolta?
A estagnação?
O desembaraço?
A união?
O abraço?
O romântico?
O trovador?
O solitário?

Dani



Sai Dani,
Desse mundo que te alucina,
Volta para casa que eu ti ensino o que é a vida.
Bem do jeito que uma dia você gosto.
Vamos me da a mão vou explicar o que é amor.
Dani eu sei que tudo isso e pouco.
Dani de nós dois eu to mais louco.
Dani venha dormir em casa.
Dani nessa vida nada é de graça.
Venha e sinta que o diferente tem bom gosto.
Entre os gemido e suor do seu rosto.
Acorda e veja que nosso tempo apenas começou.
Entre lábios venha descobrir quem eu sou.

Dani eu sei que tudo isso é pouco.
Dani de nós dois eu to mais louco.
Dani venha dormir em casa.
Dani nessa vida nada é de graça

Entre tantas palavras repetidas,
Muitos foras,é boas investidas.
Apenas o silêncio dos carentes da madrugada.
É jeito volta só para casa.

O bem que encontrei em você.




Meu coração encontrou franqueza e amor
Onde menos poderia encontrar
Faço de tudo para esquecer essa dor
Que insiste em me subornar

Meu coração não mais sabe o que é sofrer
Pois foi só você me amparar
Para eu começar verdadeiramente a viver
Em função apenas de vos amar

Meu coração sabe o que é viver
Vive para vos adorar
Sente o valor do amor
E está onde quer estar!

E Eu queria estar com você agora!

Meu cigarro e que esta matando?



Lá em cima tem uma luz.
Eu nem sei qual e seu nome,
Tem criança passando fome,
Tem jovens se drogando, é você diz; que é meu cigarro que esta matando.
Meu País saber tudo de futebol...
Mais não saber nada de politica,
Vivemos no País da Alienação, onde o povo planta é colher discriminação.
Onde o negro não é tratado como gente,
Onde o índio é um indigente.
Pobre Brasil sua ordem,
Seu progresso ninguém ouviu.

Lá em cima tem uma luz.
Eu nem sei qual é seu nome,
Tem criança passando fome,
Tem jovens se drogando,
E você diz: que é meu cigarro que ta matando.
Nossa corrupção é natural,
Menina de nove anos fazendo pré-natal,

Em Fevereiro tem mais um orgia nacional,
Que essa população batizou de Carnaval.
Quanto você pagar pelo seu terno?
Quantos meninas e meninos estão sem teto?
Esse e pais que você não valorizou,
Sua ordem, sua lei ninguém aprovou.

(Thiago Flor de Assunção)

Ser quebra e vai

Meu corpo diz que sim
A consciência grita que não,
Mais quem toma as rédeas dessa loucura é meu coração.
Ninguém quer tiver
E você não para, pra entender
E que ontem á noite eu tiver um sonho com você.
Ser quebra é vai...(2x)
Sei que você capaz.
O que você quer?
Meu lado homem ou meu lado mulher?
Hoje á noite faça de mim que bem quinze.
Quebra á cabeça a tarde inteira tentando desvendar o meu lado fundo.
Não ligue para os seus pais,ele também, têm seu lado sujo.
A gente planta ,e fuma só para criar pensamento.
E tudo de maldade que gente faz e só passa tempo.
Separando e juntando,
Boca á boca,
Corpo á corpo,
Delírio de meu coração oco.

THIAGO FLOR

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu tou ouvindo o que não gosto e tou gostando,
Tou fazendo o que não quero e tou querendo,
Tou comendo o que não devo e devo o quê á quem?
Eu tou bebendo o que não bebo e já tou meio bêbo,
Eu tou usando quem me usa e ainda tou sendo usado.

É a vida, vá se lascar com esse negócio de traidor do movimento,
Eu tou Pensando em seguir apenas meu Sentimento.
É a vida, vá se lascar com esse lance de vendido ao sistema,
Eu tou Sentindo que sigo só meu Esquema.

Semidemência

O livro sobre a mesa,
Olhos fundos e agitados.
Nem sinal dele.

A luminária se faz atraente e útil.
O bom de tudo é estar sozinho
Sorvendo o poder de uma prosa machadiana
Gargalhando ao escuro.

Substancialmente excitado pela noite em claro.
Observo quem vem lá, pueril e austero.
Que venha e traga o despertar dos pássaros.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Fecha a porta, obrigada!

Pá.
Fechei não.
Bati.
Tamanha era a minha ira.

Bati a porta!
era tempo
Passava era do ponto
A novela estava virando era conto

TUDO faltava
Não tinha mais NADA
Voltei a ser criança
O TUDO atende pela graça de confiança.

Acabou!
Sim!
Acabou o que nem mesmo começou
De vez e complexo, assim.

Nada de frestas, nada de entreabertura, nada.
Não só bati a porta, tranquei-a.

{Carol Sousa}

O que são minhas poesias?

O que são?
Senão gritos.
Surtos psicóticos,
reflexos transmutados,
leituras transformadas,
inspirações do nada.
- e para o nada elas vão. ou não!? -

O que são?
Senão palavras soltas
que vezes sim, vezes não
tomam sentido.
Palavras rocas.
Algo que pode ser vivido.
é algo, porém, vivo.
e que pede constantemente para viver.

é apenas isso...
ou tudo isso.
se não isso?
aquilo ou aquilo outro!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Destemido (a)

Ah se eu soubesse falar...
Bom, se eu soubesse fazer isso talvez eu falasse tudo que eu sei...
Ou pelo menos tudo que penso que sei...

Mas mesmo eu não sabendo falar do que sei ou do que penso que sei
Eu posso sim falar do que sinto. Não?
Sim, porque disso eu nem mesmo preciso saber falar. Não.
Basta que eu sinta.

Só?

Só.

Mas prepare-se você. O dia de falar não tarda em chegar.
De novo?

Sim. De novo. Agora com mais verdade, com mais coragem, com menos rubor, com mais cara-de-pau.

Com mais vergonha na cara.
{Carol Sousa}

Quase Alistados

Pessoal, aqui todos em fila.
Vrumm...!!
Ta ti Ta ti Ta ta Ta ta....
O artefato rústico reclama impacientemente ao fundo.
Olhares atentos.
Que idade ? Onde mora?
Sim ou não?
A porta bate.
Tum Tá!
Traga amanha, tire Xerox.
Arrasta a cadeira.
É aqui? Sim!
Severino Silva, dispensado!
Agora ou depois a taxa?
Não, senhor.
Sim, senhor.
Ah não !
Cinco da manhã?
Como assim?



[Nícolas]



Posso dizer que to com preguiça
Do mundo, não de viver.
Preguiça desse mundo ativo demais pra mim

Tempo passe mais devagar
To sem pressa

Meus amigos sim, e daí?
É tão bom

Não me chegue escarninho falando coisas
Nem mais a solidão me incomoda
Só esse tempo avassalador.


Nícolas Marcos

Ah..

Ah, o poeta.
Poeta amigo me faça uma doação.
Poeta se doe de alma, mente e coração.
Cavaleiro da idade média.
É a ilha vistosa e distante do alto-mar
É o lago inquieto e fervoroso.
A namorada amorosa e sincera.
Ah, o poeta.



Nícolas Marcos

domingo, 11 de julho de 2010

Coração Faminto

Coração faminto.
Faltar falta cor,
falta vida.
Sangra...

Peço um minuto,
um reles vão de minuto.
Me dão, tabefes, bavanões.

Peço uma oportunidade.
Me dão sorrisos cínicos
em rostos descarados.

Peço, por fim, que me deixem viver.
Mas eles apenas tiram o que ainda me resta!

Coração faminto
Faltar falta cor
falta vida
Sangra...
E no fim, em seu triste fim, Morre.
(Luan Santana)

Do inicio ao fim


A primeira energia? o Sol!
Depois o fogo,
dai a necessidade de mais fogo, mais fogo, mais fogo.
Então a maquina a vapor,
dai o desmatamento.
E mais fogo, mais fogo, mais fogo.
Então, o Crescimento, "lindo" crescimento...
Então o exagero, a maquinaria, a velocidade, o carro, o navio, o trem,
a vapor, a vapor, a vapor.
Dai mais desmatamento.
E mais fogo, mais fogo.
A industria revoluta,
revoluciona a labuta.
Velocidade, velocidade, velocidade.
A maquina homem perde a guerra,
Mas essa guerra homens comem.
Homem maquina, "maquinomem"
Volocidade, velocidade, velocidade...
mediocridade.
Cresci a industria
Jorra o petroleo.
A humanidade desanda.
É global, global, global.
O medo prevaleci...
a vida permaneci.
Até quando, Até quando?
(Luan Santana)

Mudar

Deito... levanto.
E mesmo cansado, olho entreaberto
Cansado olho pro lado
E triste percebo que nada estamudado
Terra de cães
Trabalhadores tomados de assalto
Vida sem vida
Morte por nada
Nada...
Nada, esta mudado
Reis que vem e vão
Mas vêm em vão
Causas defendidas
Por rebeldes calados
Novamente percebo que nada esta mudado
Camas de jornais
Fome sem comida
Triste realidade de tal nação sub-desenvolvida
E finalmente... finalmente percebo, que nada esta mudado
Pois nada fiz pra mudar!
Por que mudo calado,
Não preenche Lugar!

(Luan Santana)

sábado, 10 de julho de 2010

Super Nova

http://3.bp.blogspot.com/_-6xpxcQq2Aw/TDhkpWJ7-vI/AAAAAAAAAYE/Lm2vQyEIr7A/s1600/photoby_Brian_Kenny_target_spaceface_radio-kid.jpg
Que o universo nos acolha por inteiro, gentil. Nossos sentimentos compactados. Sobrepostos. Apertados. Os transparentes e os reprimidos, todos cabem. Eles se fundem, porque miscíveis em sangue. Se confundem, indistinguíveis. Se comprimem, cedendo à gravidade. Então, densificam, começam a pesar, sob enorme pressão. Poeira de estrela, explodimos em colapso.

prosa poética de Natanael Alencar, visitante e possível colaborador da academia.

GRANDE QUARTO SOLIDÃO



A procura do amor. Alvoroço!
Queria estar em um coração.
Agora amargurado no fundo do poço
No meu grande quarto, Solidão.

De grandes paredes escuras
De tom meio avermelhado
Com o carnal da quentura
E o frio do ar condicionado

No coração que me prenda
Do quarto que me maltrate
Coração que me conforta
E depois no final que me desate

Eu só queria sentir-me vivo
Sentir-me em um coração
Que seja mais do que verdade

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Homem nu


Um homem nu
Tragam para mim um homem nu
Nu do stablishment
Nu do padrão
Nu das religiões
Nu da gramática
Nu exige complemento nominal?

Um homem nu das filosofias
Nu do poder
Poderá ter convivido com outros homens?

Um homem nu da ditadura estética
Nu das prisões mentais
Nu da mesquinhez
Nu do preconceito
Nu da nudez.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Gosto dos loucos
Os normais já estão alienados demais
Pra perceber a loucura de não estar louco.
Sejamos loucos e nós mesmos.


Nícolas

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O que vemos no pôr-do-sol e em seu nascente?
Pura exibição de astro rei.
Nunca dorme sempre ali, ele comanda vistoso.
Sempre ao lado dela,
Sempre cúmplices.
Ah, a lua.
Contemplação é o castigo mais prazeroso.
O olhar por uma janela semi-aberta.

domingo, 4 de julho de 2010



E vamos aos poucos
Desafiá-los com armas de coragem
E escudos reluzentes
de vidro
O perigo não está neles,
mas em nós mesmos nos cortarmos na defesa


Fernanda Paz