domingo, 23 de maio de 2010

Amo-te


Dias iguais, horas sempre iguais, as cores são as mesmas e eu continuo aqui, circundando meu horizonte em busca de um novo ser, facilitando demais as maldades desta vida.

Amo-te com a essência expugnante que isso causa, pelo tempero a mais que uma comida deve ter, pelo acúmulo dilacerador de pensamentos introspectivos e pela surdez exacerbada que ocorreu em mim.

Amo-te pelas simples coisas, e também pelas mais complexas, como se um arco fosse-me lançado a cada suspiro, desobstruindo todos os meus vasos internos.

Amo-te pela dor devastadora que tal fato se abate. Amo-te por todo o azul do céu, pelo cantar dos pássaros, té mesmo pelo renascer da Fênix.

Amo-te e basta. Janelas do meu quarto mostram-me a parede vizinha, e olhando para aquela parede, penso, cogito e lembro-me de tudo que pudera haver.

Amo-te pelo fato consolador de sofrer como há muito não fazia, por estar sempre à espera e por ter cansado de procurar, pela trava que pus em meu peito e mesmo pelo amor exaustivo que vos devoto.

Amo-te e jamais poderei suprir a falta de tua vida, amo-te até mesmo por que há em mim o sentimento do amor, ser-me-ia improvável não amar-te.

Este amor é somente meu, e tudo se resume no meu amor, e também no meu clamor; clamor por tudo que acho certo e por ter de sofrer por ti.

Amo-te por todas as primaveras, sempre te amando e te desamando, deixo de te amar durante a primavera, todavia volto e amo-te no verão, porque no verão o sol parece aquecer minha paixão e faz-me apreciar seu rosto tão sublime quanto o mar.

As estações são mesmo assim, faz-nos prestar mais atenção no que nos ronda. Os ventos que te desejo, são os que possam te trazer para mim, a música que te ofereço é a mais perfeita canção, só porque é para ti.

Amo-te e esta é a essência de minha vida.

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