segunda-feira, 28 de junho de 2010

Por quase um minuto

Aproveitando esse ensejo deixo aqui um desabafo amigo,
Com palavras pequenas de muita singeleza
Que exportam e interpelam a alma e sua clareza.
Falo por mim e pelo insensível
Que vê nas flores apenas um colorido.
Falo porque gosto
E porque não gostaria?
Se o tudo e o nada podem andar juntos
Pra que a indiferença?
Somos todos iguais no que sentimos
Há algo a duvidar?
Eu quero o tudo prevalecendo
E o nada também.
Porque devo me questionar sobre o que não quero?
O que eu quero eu já tenho
Só preciso de um assopro.
Não me venha com hipocrisia
Quero paz e verdade.
Luto por quem quer que seja
Basta apenas um sim.
Sou racional e irracional
Quando bem entendo.
Já que eu posso tudo
Eu não descansarei tão cedo.

Quem sabe ainda cresço

Eu cresci, e comigo cresceram as ideias
e também virtudes.
Eu cresci,
E trouxe comigo uma infância já bem esquecida e mal compreendida.
Eu cresci junto da minha família e dos meus amigos
Perto do medo e do que nunca fará sentido.
Eu cresci,
Abandonando as brincadeiras infantis
Sempre procurando ser um aprendiz feliz.
Eu cresci e vi o mundo da melhor maneira, mas também observei suas crias
Criando egos, pseudonecessidades e grandes mentiras .
Eu cresci e não me contento com nada do que pareço,
Nem como o desapego de quem não me quer mais.
Quem sabe ainda cresço,
E contemplo a eternidade de tudo que me apraz.
Quem sabe ainda cresço.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Não Entendia


Desculpa quando eu não entender
Porque alguma coisa não aconteceu
Ou aconteceu como eu não queria.
E se fiquei com raiva, se fui ignorante,
Se até mesmo duvidei de Deus,
Duvidei porque não entendia.


E pra quem não tinha nada a ver
Se eu tratei mal em algum momento,
Se eu fui o que eu não sou,
Entendo sua decepção,
Agora vamos aprender a não esperar
Muito seja de quem for.

sábado, 19 de junho de 2010

Sintonia



Busco o sentido da euforia
Como na poesia de um exagerado
Busco uma ideologia.

Busco sintonia no meu caminho árduo
Busco sentimento onde não há mais vida,
Busco um coração solidário,
Sem rancores em sua moradia.

Busco a liberdade límpida e escancarada
Na natureza e na sabedoria,
Como um escravo à procura de sua singela e eterna alforria.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Madrugada Sedutora

Eu sou apenas mais um amante em sua lista,
Pouco importa.
O amor que sinto por ela é recíproco.
Em devaneios penso em trocá-la,
Logo me pego sorrindo sem pudor algum.
Falem o que quiser,foda-se,
Ao contrário do que pensam,
Eu sei que ela me ama
E não quer meu abandono.

Vazio


O pernilongo inquieto das noites de inverno
O inseticida a procura do inseto
Vagando pela madrugada sem estradas
Nem saída a procura do que não se vê.

Toco o sino da consciência e me pergunto
Sobre o que posso ou não prever
Mais um dia sem vida e sem definições
Deitado em um beliche com a faca entre os dentes.

O sonho transcende e corta em pedaços seu intelecto.
Num segundo se vê um espelho reluzente,
Traz a imagem aparente de um mundo tranqüilo,
Sem guerras e sem sobreviventes.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Algarismo Humano




SENHOR,
vai me desculpando a impaciência,
vai me perdoando a intransigência,
vai mostrando minha negligência,
vai despertando minha sapiência
para coisas simples, boas e bonitas.


SENHOR,
vou agradecendo os dotes e as lesões,
as crises, experiências e sensações.
E quando eu procurar mil razões,
conceda-me mil perdões,
mil provações para eu ser mil vezes humano.