terça-feira, 31 de agosto de 2010

A dose que me embriaga

"Só por hoje não vou tomar minha dose de você..."

Não, de você não, mas do velho conhaque sim. Uma parte da culpa foi minha, embora eu não me ache tão culpada assim. A outra parte da culpa, parte do meu coração acha que é sua. Sim. Mas você insistiu em não pedir desculpa por nada, pois "nada" foi sua afirmação categórica. E eu, como eu fico? E você, como você fica? Não sabemos. Uma hora você me pergunta até onde eu acho que isso vai dar. E não faço a mínima idéia levando em consideração a realidade dos fatos. Porém, levando em consideração apenas o que eu sinto, sinto que isso vai durar algo em torno do sempre. Mas bate um medo, pois parece-me que alguém algum dia me falou que o sempre sempre dura pouco... Nervoso, tensão, estômago cheio de frio... o sono falta.

Queria eu estar hoje munida de armas e armaduras para que nada de mais ruim me acontecesse. Não posso. Não tenho como comprar armar nem armaduras. Agora não. O jeito é entrar na guerra de peito aberto. Sim, guerra! De peito aberto e olhos fechados. Fechar os olhos, engolir seco e manter o sorriso virarão atividades corriqueiras, dia-a-dia, besteira. Vamos ver onde essa brincadeira vai dar.

A vontade é minha. A vontade é sua. Para que isso dê certo precisamos de nós dois unidos, munidos, aliados e apaixonados. Eu sei da sua parte. Isso só tem sido mais forte do que eu. Mas e eu? Eu tenho mesmo essa força para suportar qualquer besteira aquém de nós dois? Ainda não sei. Mas tentarei...

Tentarei até que os meus tímpanos consigam suportar esse barulho...

Por: Carol Sousa
Aspas: Na Sua Estante - Pitty

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