Eis que no picadeiro
Entra o circo da família
Com seu baixo calão grosseiro
Expelem as piores anomalias
Não é melhor dar um passeio?
São como animais no cativeiro
Onde o laço afetivo é irrelevante
Prole e cria se agridem o tempo inteiro
Que geração degradante!
Que tal morar num sanatório?
Se defendendo do parceiro?
Pode até apelar ao carcereiro
Que monta ali seu escritório
Não há lugar melhor que o lar (alheio)
Bom exercício de mediocridade
É externar o que há muito não existe
Temos soado como um desafinado falsete
Que geração degradante!
Não é fácil viver em reclusão
E fazer o tipo irreverente
Estar em casa não é como um jargão
De anúncio de refrigerante!
A quem me é próximo, gravei grande receio...
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