sábado, 25 de fevereiro de 2012

Degradante


Eis que no picadeiro
Entra o circo da família
Com seu baixo calão grosseiro
Expelem as piores anomalias

Não é melhor dar um passeio?

São como animais no cativeiro
Onde o laço afetivo é irrelevante
Prole e cria se agridem o tempo inteiro
Que geração degradante!

Que tal morar num sanatório?
Se defendendo do parceiro?
Pode até apelar ao carcereiro
Que monta ali seu escritório

Não há lugar melhor que o lar (alheio)

Bom exercício de mediocridade
É externar o que há muito não existe
Temos soado como um desafinado falsete
Que geração degradante!

Não é fácil viver em reclusão
E fazer o tipo irreverente
Estar em casa não é como um jargão
De anúncio de refrigerante!

A quem me é próximo, gravei grande receio...

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