domingo, 27 de novembro de 2016

Castelo de Areia

Intensas palpitações...
Só queria respirar!
Queria que a vida passasse
Em suaves prestações
Mal ensaiei viver
E já me vi em risco
Brindei sem prazer
Escondendo as lágrimas em ciscos
Como num filme de terror
Me debato pra escapar
Das presas hediondas da morte
Que tenta me silenciar
Crescendo bem devagar...
Maldito corpo estranho!
Ressaltando o quão sou efêmero
Minando meus sonhos...
Te cortei fora
Como um dedo podre
Pare de me ameaçar
Não pode me machucar!
Saia de minhas vísceras!
E de outras úlceras
Contrario seu diagnóstico
Fugindo deste quadro clínico...
Me recuso a cair assim
Como um castelo de areia
Pois é nesse tempo ruim
Que minha coragem incendeia...

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