domingo, 14 de novembro de 2010

Histórias de José, de Zé.

Sei que há. Dois mundos extremos entre o fazer e falar. Por vezes pendurando nesta linha, curta navalha, que aumenta minha angustia e ao mesmo tempo sustenta meus tristes dias. Ilusão do obviou, sustentação do imaturo, irreal e indissociável do meu ser.
Meu falar parece estranho, minha boca não tem mais saliva, nem veneno, nem misterio ou emoção. Minha historia é vista como quem ver um pássaro voando, em uma tarde de claro sol, ou como quem ver, mesmo que de vista embaçada, uma criança a correr naquele mesmo dia, três horas depois, sob forte vendaval e chuva torrencial. 
Na verdade não sei por te falo estas coisas Maria. A tua vida é tão mais bonita que a minha. Tens tudo que quer e o que não quer joga fora, como quem joga um chiclete mastigado e sem açúcar, ou um cigarro quem não tem mais o que matar.
Maria, um dia eu te conto minha vida... um dia eu te conto maria.

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