segunda-feira, 22 de março de 2010

No íntimo, mentiras


















Ei!
Preciso lhe falar das mentiras que encontrei.
Guardadas num quarto escuro, submerso na minha alma.
Eram retratos escritos de vontades incontroláveis
Que pensei serem verdades.
Ei!
Eram todos papeis escritos à mão
Com tinta vermelha e indignações transparentes.
Meus olhos tremeram ao sentir tamanho pulso
De um coração sangrado, mudo.
Ei!
Preciso lhe falar do que vi
Era um livro cheio de desejos
Lotado da caligrafia minha
Mas que nada tinha a ver com a verdade, porque de verdade nada tinha.
Sim.
Estava enterrado em uma ferida
E li no íntimo das primeiras páginas
Frases sujas, dotadas do nada que me afligia
Eu não amo, eu não quero, eu não desejo...
Eu te tenho, eu não te espero, eu me obedeço
Eram tantas heresias que fechei o livro logo no começo.
Não vi o fim.
Vi a capa, que era um espelho.
Embaixo da imagem, um poema ligeiro:
“eu comecei; do fim nada sei, pois ainda não existe meio”

9 comentários:

  1. Halifas, mesmo sem tu saber do fim por não ter meio, tu é completo viu, pqp, sério mesmo.

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  2. pow Valciã, valeu mesmo cara.....isso vindo de vc é uma honra mesmo e mesmo q faltem leitores, vamos continuar fazendo nossa parte aki....vlw mesmo.

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  3. é isso aí, 2 vendedor de flores,kkkkkk

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  4. Halifas, poesia densa e muito atrativa, gostei mesmo..virei leitor assíduo!

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  5. Pedro, meu amigo Pedro, cê faz bem, mas você tem que virar seguidor do blog também se já não o é.

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  6. ^^....Ás vezes gosto dele, mas prefiro uma certa libélula Fernanda Paz. :)

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  7. Olha, ele tá olhando pra mim...


    rsrsrs

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