sexta-feira, 19 de março de 2010

Areia e mar




















Surdo, mudo e cego estou
Pra não perceber meus erros
Pra não enxergar que preciso mudar
Afinal de contas sou dois em um só corpo
Coração de homem
E alma de poeta.
Não me considero como tal e nem quero
Mais meu querer esta muito longe de ser ouvido por minhas idéias
Afinal,
Pelo que me consta,
O delírio nasce tatuado na alma do artista
Como uma âncora no braço de um marinheiro
Ou a mentira na face do mundo
O homem é areia do tempo
E cai constantemente
Afunilado pelo progresso
E se aglomera num mar de mesmos erros, em uma ampulheta sem fim.
O poeta,
É o elo dos pensamentos e a força dos momentos
Ligando o nada com o tudo
E o vazio com o completo
O poeta não é o progresso.
O poeta não é a areia.
O poeta,
É o próprio tempo.
O poeta,
É o próprio mar.
O poeta,
É o próprio medo.
O poema,
é o próprio ar.                             
                                    (Halifas Q.B.)

5 comentários:

  1. homemXciência homemXdeus homemXfé e por que não homemXpoeta,haushauhs

    ResponderExcluir
  2. HALIFAS, SEU JEITO DE ESCREVER ME ENCANTA!
    AMEI O POEMA,MTO ORIGINAL, SIMPLÓRIO MAS Ñ SIMPLISTA... SEU TALENTO COM AS PALAVRAS É INCONFUNDÍVEL.
    - E O SEU TBM VALCIÃN-!
    BJOS QUERIDOS, ADORARIA UM DIA PODER RECEBER COMENTÁRIOS VOSSOS EM MINHAS TORPES PRODUÇÕES ALGUM DIA!
    RITA DE CÁSSIA C. VIDAL
    ABRACEIJOS, FIQUEM C DEUS E SUCESSO!

    ResponderExcluir
  3. Olá,

    você saberia me dizer quem é o autor dessa imagem ? da Ampulheta

    ats
    Karin

    ResponderExcluir
  4. Olá,

    você saberia me dizer quem é o autor dessa imagem ? da Ampulheta

    ats
    Karin

    ResponderExcluir