sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Parece um elefante franzino e sem tromba.
Parece um hipopótamo desdentado.
Parece uma barba feita de aço;
Juro que vi uma luz acesa.

Parece um tamanduá errado.
Parece com aquilo que um dia imaginei ser legal.
Prometo que sem comida, eu nunca mais deixarei um animal.

A visão que tenho parece ser de um zoológico sem árvores.
As árvores estão ausentes assim como as jaulas estão abertas.

Os macacos selvagens viram que era inútil tentar voar.
Assim, preferiram de galho em galho saltar.
E bananas aquáticas eu vi boiar.

É culpa do mamífero que vi sem teto.
Ele tinha sete pernas e uma era rosa.
Tudo que eu olhava parecia estar livre.
Um dia, sóbrio, conseguirei entender
Todos os meus devaneios
E mais aquilo que deixei de ouvir por completo.

Um comentário:

  1. Cara, genial! Parece uma mistura de devaneio com realidade vista pelo caleidoscópio da tua janela. Você tem um, né?
    Próxima vez que for ao zoo, você irá comigo.

    Beijo e beijo.

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