sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tempo militante

É tempo de lutar, de construir, é tempo de resgatar, de reagir.
É tempo de erguer e reerguer, é tempo de reorganizar e reestruturar.
É tempo de se doar, de se doar por inteiro, é tempo de se permitir.
É tempo de compor, repor, é tempo de correr, pular, cantar.
É tempo de alegria e de seriedade, é tempo, sobretudo de compromisso e responsabilidade.
É tempo de entender que não sou mais eu nem você, que somos nós, juntos, no mesmo coletivo e na mesma direção.
É tempo de erguer a voz, de se impor, é tempo de transformar e de comprometer-se com a transformação, é tempo de transição.
É tempo de estar junto, lutar junto, de errar junto, é tempo também de acertar junto, de construir, manifestar, protestar e de se indignar junto.
É tempo de forma, de informar, é tempo, sobretudo de falar a verdade, é tempo de liberdade.
É tempo de respeitar o outro, de saber ouvir, porem é tempo também de falar, de falar alto, é tempo de gritar, no seu devido tempo, é tempo de gritar.
É tempo de mostrar... De mostrar nossas vísceras, nosso sangue, nosso suor, é tempo de mostrar que somos estudantes, que somos militantes.
É tempo de mostrar que não somos apenas esponjas enxutas que só absorvem a água, mas que somos também as torneiras que a fazem jorrar.
É tempo de se perguntar e de se responder, é tempo de desconfiar e duvidar do mais trivial e costumeiro, é tempo também de se reafirmar.
É tempo de companheirismo e de compreensão, de escrever sob pedras nossa vitorias e derrotas, é tempo também de caminhar e aprender com os caminhos.
É tempo de emancipação, de coragem, é tempo de força e de composição.
É chegado o tempo de questionar: O que me trouxe aqui? Porque estou aqui?
Nós temos os mesmo objetivos e lutamos pelas mesmas coisas, acreditamos na mudança e queremos mudar e precisamos mudar...
Agora É tempo de abrir os olhos.
De abrir os olhos e ver o mundo ao nosso redor.
É tempo de unir as mãos no mesmo centro.
É tempo de olhar, um nos olhos do outro.
É tempo de se perceber no outro, de se sentir como o outro, é tempo de nos desprendermos do que é banal. É tempo de ser um só, não sejamos aqui fulano, beltrano ou cicrano, sejamos um, mas um no coletivo.

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