sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

A (INFINITA?) CORDA BAMBA


Sinto-me incompleto
De gente, de coisas
De emoções!
Quero mais arte
Quero poesia
Que não seja a minha
Ela não completa
Apenas preenche
Seu devido espaço
Dentro do meu peito
Dentro da vasta mente

A arte das cores
Ilusão, surrealismo
Salvador de mim
Quero algo assim
Que não seja hermético
Ou preso ao que existe
O que a tela insiste
Em dizer que é arte
A música triste
O tempo degenera
Mas sempre irá ficar
Como a nódoa negra
A ferida, o sangue
Desta geração
Eu quero a nação
Livre do vazio
Que outros veneram
E se degeneram
Na veneração

Aqui jaz um homem
Que na fútil vida
Deixou uma ferida
Em quem o escutava

E ele se foi
Desapareceu
Mas outros virão
Não sei até quando
Com seu feio canto
Com agonia fico
Não aguento, me irrito
Com a inércia das mentes
No seu elitismo
Vendo e não agindo
Pelos trevadores

Mas os ouvirão?
Bate-me a pergunta
Parece uma afronta
A quem não acorda
Pegue, tome a corda
A corda!
E mate-se!

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