domingo, 17 de abril de 2011

-Eu sou um Bêbado.

Assim, e só,
Tal qual tantos outros são,
Tantos outros sãos.
Visto-me em rótulos
Ah, belas pin-ups!
-Mulheres que nunca terei nas mãos
A não ser em garrafas e sonhos.

Tropeço sempre minhas três vezes
Vou com a cara no cimento
Quebro um ou dois dentes,
Mas nem sinto...
Sinto que alguém roubou meus sentidos no balcão daquele boteco,
E eu nem vi.

Sou um bêbado.
Um bêbado desacordado, desleixado
Com nada na cabeça, a não ser o nome da mulher amada:
-Ah, Sônia...ou seria Ângela?
Sou um bêbado, poxa,
Nada mais me interessa
Que não seja a próxima dose...

Sou um menino de colo
Frágil, sem consciência,
Mal consigo caminhar...
E sou o dono do bar!
Até que meus trocados não mais permitam:
Depois, viro o dono das calçadas.

Sou só um bêbado, gente.
Sou um ébrio, até ser nada,
Então perco os sentidos:

Perco as chaves,
Perco a hora,
Perco a cabeça,
E perco o freio.

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