quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pena



















Escreve feito lei, observa feito águia e canta feito trova
Escreve vida, vivência, morte
É poeta, é noite, é sorte
Escrivão, de pena e papel na mão,
Faz da vida sua força, seu abrigo, sua canção
E da arte sua criação
O poeta embebeda-se com a emoção e lubrifica a alma com o gosto que a vida tem
 Esclarece os modos e descansa a esperança de um novo segundo para pensar
Pobre de mim, poeta novo assim, nada tem a dizer.
A não ser o que a de vir.
E dotado de um nada em idéias, veste o xale do incurso e, contudo, não menos que tudo,
 Volta a criar
Mesmo que não tenha vida o bastante para fazer,
 Mesmo que ainda não saiba amar

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