segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


E as pernas.
Avistava nelas tal luminosidade inexplicável.
Perdia-se nelas.
E nada mais funcionava fora de si.
Só dentro. Na mente.
E dentro quanto ele estava
Inevitável, necessário, forçoso.
Tudo voltou a funcionar

Depois as pernas.
Entrelaçadas, maleáveis, recíprocas.

Porquanto durasse.


Fernanda Paz

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