sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O cheiro da madrugada

















Vidro de perfume vazio
Noite trêmula
Crise em plena madrugada
Imaginação fértil, palavras mal pensadas
Silêncio nos acordes da vida, barulho na paz que invade a sala
Overdose de silêncio, sobrecarga de espera
No quarto que me guarda,
Só escuro, só mordaça
Na paz que me abraça,
Só guerra, só pirraça
Meus gritos internos me acordam os demônios
Meus pulos externos não conseguem tocar o teto de estrelas
Em tudo cresço,
Tudo acresço, nada vejo
Meu corpo se dissolve de acordo com a regra da vida
 Que bela orgia de segredos
Belos medos
Velhos medos
Triste fim o da música que me invade,
Vai-se sem se despedir, deixando o eco nos ouvidos alheios
Dissolve-se no tempo,
E a todo instante,
Desde seu gênese bem escrito,
Acorda as lembranças, desperta as esperanças
Procura em cada canto mal colocado do quarto,
Um lugar pra se alojar, um espaço para descansar suas claves invisíveis e notas formidáveis
No peito arde o caos de se encontrar com o espelho
O pesadelo de encarar a própria face
Retalhada
Regendo o belo, contemplando o nada
Respirando a madrugada.

2 comentários:

  1. cara, que bela orgia de segredos hein trás o cheiro da madrugada,rsrsrs, muito bom, então, tõ querendo combinar com o jônatas uma noite com todos do blog desde os seguidores até os escritores, no caso nós, vamos combinar.

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  2. vlw cara....

    pow...muito boa a idéia cara, acho q seria ótimo mesmo...
    conhecer todos os escritores da academia..trocar esperiencias, jogar conversa fora...conhecer todo mundo mesmo...gostei... é só combinar q eu tôo dentro...

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