quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Noite em palco














Antes que perguntem, morre cedo à última cena
Nem dá tempo de atuar
Saem os atores, fecham-se as cortinas, apaga-se a luz
Dorme o amor que havia em nós
Dorme sobre o palco, de onde ecoava tua voz.
Saem os amantes da cena de nudez, resta o escuro, sobra solidão.
Restam às estrelas, resta à luz do porão
E a lembrança de uma peça que nunca existiu.
De uma porta que nunca se abriu
De uma pele que nunca toquei e palavras que nunca disse
Resta uma mente, que mente a semente que a de surgir
Restam no céu as gotas do nada, fora do templo, fora de mim.
Poeira que imita a sorte, que envolve a morte, que abraça forte os joelhos de quem precisa rezar, de quem precisa pedir.
Entrego aos outros a estrela, que iluminava meu palco
A vida que acendia minha arte, agora brilha n’outro céu
Mas o que me mata não é o que não sei
Não é o que não tive
Nem o que perdi
Me mata saber que nunca vou saber
Que nunca terei
E que nunca perderei aquilo que nunca foi meu
Pois do que tenho mais saudade,
Não é daquilo que minha covardia deixou fugir
Em meio tempestades turvas de lágrimas fosforescentes,

É das noites que tive
Das noites que sonhei,
Com os dias que vivi.

Um comentário:

  1. eu sei que eu sou mt suspeita pa falar.....mas eu vow falar msm assim.....eu ameeeeeeeeeeeeeeeeeei......mt show lifas!!!

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