quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Loucura?

O proponente que propõe
De repente pressupõe
O mal feito cometido
Escarrado e não cuspido
O bravejo revelava
Que sua cara deslavada
Era fonte de loucura
Parecia mal sem cura
Tentando remendar o feito errado
Pois quando era feriado
Numa noite de inverno
Mandou um jovem pro inferno
O expulsando de sua casa
E com fogo frente em brasa
Foi queimando sua bunda
O jogando numa lama imunda
Onde os olhos quase choravam
E os porcos se esbaldavam
Pelo fedor que aquilo era
Mas sorrindo da janela
Com a loucura em pleno ataque
O velho sequer lembrava
Que o jovem queimado em brasa
Era o mesmo que um dia
Quando ele, no chão se rebatia
O salvou de sua morte
Foi um golpe de sorte
Ter encontrado tal menino
E acabou se redimindo
Lhe dando um teto e de comer
Mas vez e outra sem o reconhecer
Quando a loucura entra sem pedir
O jovem sofre a duras penas
O resultado de um mal dito sem cura
Que muitos chamam de loucura
Mas que é transmitido pela pobreza
E tem como sintoma a fome, o cansaço e a tristeza 

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