
Estranha beleza esta
Da palavra Solidão
Tão bela que ao ser falada
Parece ser dedilhada
Nas cordas de um violão
Desejo ir a túmulos
De poetas, loucos, pensadores
De cientistas e escritores
Desejo ir a túmulos
De grandes mulheres e homens
E ler alguns epitáfios
Frases marcantes escritas nas lápides
Desejo ir a túmulos
Em cemitérios europeus também
Com cenários bucólicos e tristes
Desejo escrever um poema qualquer
À beira de algum túmulo desses
Sem motivo algum
Só para pensar sozinho
Só por ser sozinho
E adorar a solidão dos velhos túmulos...