Mulher do mundo atroz
Feroz, vil, humilhante
Andante das ruas
Nuas tuas pernas
Acalentam tarados
Homens mal-amados
Que teus seios sugam
Babam em tua boca
Gozam em tua face
E tem os prazeres
E tu, o que queres?
Trocados restantes
Da noite da cidade
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
UM POEMA
Quero fazer um poema
Um poema, qualquer um
Qualquer coisa que se entenda
Qualquer coisa incomum
Quero fazer um poema
Depois de tantos, mais um
Um poema, qualquer um
Qualquer coisa que se entenda
Qualquer coisa incomum
Quero fazer um poema
Depois de tantos, mais um
SECO
As flores estão tão abertas
Caem as pétalas
Vem a chuva ácida
O solo é pobre demais...
Caem as pétalas
Vem a chuva ácida
O solo é pobre demais...
ANUNCIADA
Queimarão meus discos
Esquecerão os livros
De papel
Jogarão o amor
Na lata do
_______lixo
E será iluminado
Mas por dentro
Apenas trevas...
E eu morrerei
Completamente!
Esquecerão os livros
De papel
Jogarão o amor
Na lata do
_______lixo
E será iluminado
Mas por dentro
Apenas trevas...
E eu morrerei
Completamente!
PARNADA
Os dias são parnasianos
Com métrica e ritmo perfeitos
Descrições de monotonia
Os dias sem fantasia...
Com métrica e ritmo perfeitos
Descrições de monotonia
Os dias sem fantasia...
RAZÃO
Sacrifício e loucura
Sacrifício é loucura
O primeiro é amor
O segundo, metodismo
Retilineidade!
Sacrifício é loucura
O primeiro é amor
O segundo, metodismo
Retilineidade!
UM SEGUNDO PASSADO
Um segundo de vida
Nunca foi dado por ela
E o poeta que se lamentava
Continua o lamento
Nunca teve alento
Nos braços da amada
Nunca foi feliz
Naquilo que diz
Naquilo que canta
Na sua esperança
Que nunca morreu
Nunca foi dado por ela
E o poeta que se lamentava
Continua o lamento
Nunca teve alento
Nos braços da amada
Nunca foi feliz
Naquilo que diz
Naquilo que canta
Na sua esperança
Que nunca morreu
ESCRITA
Pego do lápis
Antes pena
Vale a pena?
Lápis?
Faz-se o poema
Insandecido
Incontrolável
Vontade, teima
Letra, queima
Faz-se o poema
Antes pena
Vale a pena?
Lápis?
Faz-se o poema
Insandecido
Incontrolável
Vontade, teima
Letra, queima
Faz-se o poema
SONHOS
Vejo-te no dia
Vejo-te na noite
Apenas em mim
Vejo-te também
Quando não há dia
Nem noite
Vejo-te na noite
Apenas em mim
Vejo-te também
Quando não há dia
Nem noite
EU
Eu, as flores, os olhos
As luzes, os desenhos
O real, o dólar, o iene
O real, o falso
O calabouço
As emoções, o amor
A dor, a timidez
A sensatez
A insensatez
Eu!
O sol, a lua
O mar, o vento
A música e o som
Homem
Mau ou bom
Amante amador
Das trevas, temor
Amante amador
Dela
ELA, eu...
As luzes, os desenhos
O real, o dólar, o iene
O real, o falso
O calabouço
As emoções, o amor
A dor, a timidez
A sensatez
A insensatez
Eu!
O sol, a lua
O mar, o vento
A música e o som
Homem
Mau ou bom
Amante amador
Das trevas, temor
Amante amador
Dela
ELA, eu...
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Acaso amor

Como direi o que sinto
Se meus sentidos vivem em função de ti
E tu não percebes tampouco o meu afeto
Nada faço sem pensar no teu pensar
Nada penso, pois meus pensamentos são submissos.
Submissos à sua felicidade,
Ao teu sorriso, aos teus gostos.
Se não percebe...não vê, não sente, não proporciona.
Eu percebi, me encontrei e me perdi
Nos teus olhos tão distantes de mim
No teu sorriso tão oposto ao meu sentir
E, por acaso, nos acasos idens...
No acaso amor.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Tédio

Ó tédio inexplicável
Que habita a mente de tantos
Por não ser tão saudável
Nos deixa por tempos em prantos
Sinônimo de solidão
Talvez de um desprezo
Momento de “não”
Cúmplice do medo
Antecessor da ansiedade
De pobres corações esperançosos
Vós que tanto os persegue
Ainda lhes aguardam rancorosos
Obsessão não tão certa
Objeção incerta
De uma paixão não correspondida
À uma declaração primária e direta
Que habita a mente de tantos
Por não ser tão saudável
Nos deixa por tempos em prantos
Sinônimo de solidão
Talvez de um desprezo
Momento de “não”
Cúmplice do medo
Antecessor da ansiedade
De pobres corações esperançosos
Vós que tanto os persegue
Ainda lhes aguardam rancorosos
Obsessão não tão certa
Objeção incerta
De uma paixão não correspondida
À uma declaração primária e direta
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
A TRAGÉDIA
(Lógico que o eu-lírico não sou eu)
Estou vivo
Mas não vivo
Penso que vivo...
Não desvie o seu olhar
Pare para me avistar
Avistar o que eu visto
Avistar o que eu calço
Avistar o meu cabelo
Não ligue para o que eu penso
Nunca poderá ser visto
Nunca prestarei serviço
Desejo apenas ser visto
Não desvie seu olhar
Pare para avistar
Aquilo em que me tornei
Um painel de propaganda
Mais um desses out-doors
Quem brincava de ciranda
Agora é mais um de nós
E fiquei customizado
Coração robotizado
Apenas mais uma bomba
Pra rolar sangue venoso
Estou vivo
Mas não vivo
Penso que vivo...
Não desvie o seu olhar
Pare para me avistar
Avistar o que eu visto
Avistar o que eu calço
Avistar o meu cabelo
Não ligue para o que eu penso
Nunca poderá ser visto
Nunca prestarei serviço
Desejo apenas ser visto
Não desvie seu olhar
Pare para avistar
Aquilo em que me tornei
Um painel de propaganda
Mais um desses out-doors
Quem brincava de ciranda
Agora é mais um de nós
E fiquei customizado
Coração robotizado
Apenas mais uma bomba
Pra rolar sangue venoso
CASA ABERTA
O passado é engraçado
Muitas vezes até triste
Uma cena que ainda existe
Quando a solidão ataca
Somos a recordação
Do que ainda não vivemos
Os erros que cometemos
Podem se tornar vitais
Meu passado é um estranho quarto
Com a sua estranha lâmpada
E eu convido a entrar
Apenas quem toda a casa
Já conseguiu cativar
Muitas vezes até triste
Uma cena que ainda existe
Quando a solidão ataca
Somos a recordação
Do que ainda não vivemos
Os erros que cometemos
Podem se tornar vitais
Meu passado é um estranho quarto
Com a sua estranha lâmpada
E eu convido a entrar
Apenas quem toda a casa
Já conseguiu cativar
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
A MAIS BELA
Amor da minha vida, te amo
Menina, mulher, princesa, rainha
Por teus beijos, louco, suspirando clamo
Trouxestes a luz que há tempos não vinha
Tu és meu amor, tu és minha amada
Só tu é que fazes meus dias felizes
E tu és o tudo de minha vida nada
Agora só creio naquilo que dizes
Minha flor da cidade, tão linda donzela
Mais de mil encantos em doces olhares
Virginal menina, delas a mais bela
Encanta minha vida de tantos pesares
Pesares no peito o transformam em cela
Guardam sentimentos no fundo dos mares
Menina, mulher, princesa, rainha
Por teus beijos, louco, suspirando clamo
Trouxestes a luz que há tempos não vinha
Tu és meu amor, tu és minha amada
Só tu é que fazes meus dias felizes
E tu és o tudo de minha vida nada
Agora só creio naquilo que dizes
Minha flor da cidade, tão linda donzela
Mais de mil encantos em doces olhares
Virginal menina, delas a mais bela
Encanta minha vida de tantos pesares
Pesares no peito o transformam em cela
Guardam sentimentos no fundo dos mares
REGINA
E lembrei-me da vitória-régia
A rolar em lago alvo
Refletindo brilho, orvalho falso
Lús rústica, distante, mística
Difrata, hipnotiza
Nem penses olhar
Pois irás cair
E morrer
Nas águas profundas
A rolar em lago alvo
Refletindo brilho, orvalho falso
Lús rústica, distante, mística
Difrata, hipnotiza
Nem penses olhar
Pois irás cair
E morrer
Nas águas profundas
NATURAL
Céu nublado e chuva
As frutas maduras
A terra absorve
A terra devolve
As bagas e drupas
Mangas e goiabas
A casa me cobre
As telhas se molham
Apenas contemplo
Por trás desta grade
Minha liberdade
Correndo lá fora
As frutas maduras
A terra absorve
A terra devolve
As bagas e drupas
Mangas e goiabas
A casa me cobre
As telhas se molham
Apenas contemplo
Por trás desta grade
Minha liberdade
Correndo lá fora
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
ELA
(Está bem, não é poesia, e é uma péssima letra de música também!)
Ela fala comigo
Isto parece difícil
Só os amantes percebem
Que as palavras são mais que palavras
Ela se aproxima
Isto parece difícil
Para mim o mundo vem
E só eu posso perceber
Ela pode até suspeitar
Isto parece difícil
Ela me empurra sem saber
Para a beira do precipício
Ela, e somente ela
Tem o poder de me prender
Sou livre, mas quero me atar
E com ela ter meus sonhos
Ela é somente ela
E não é fada nem santa
É mulher, menina bonita
E agora estou rendido
Ela fala comigo
Isto parece difícil
Só os amantes percebem
Que as palavras são mais que palavras
Ela se aproxima
Isto parece difícil
Para mim o mundo vem
E só eu posso perceber
Ela pode até suspeitar
Isto parece difícil
Ela me empurra sem saber
Para a beira do precipício
Ela, e somente ela
Tem o poder de me prender
Sou livre, mas quero me atar
E com ela ter meus sonhos
Ela é somente ela
E não é fada nem santa
É mulher, menina bonita
E agora estou rendido
OS AMANTES
Teus fios de cabelo
Teus olhos
O que sinto
O que vejo
Teu cheiro
Tua pele
Teu som
Nossa sintonia
Divina
Teus lábios
Teus seios
Teu corpo
A loucura
Na noite
A noite
É eterna
Para os amantes
Teus olhos
O que sinto
O que vejo
Teu cheiro
Tua pele
Teu som
Nossa sintonia
Divina
Teus lábios
Teus seios
Teu corpo
A loucura
Na noite
A noite
É eterna
Para os amantes
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