Qualquer coisa que faça
Hoje será ridícula
No vazio da mente
Coisas perdem-se
Mas não era vazio?
Por que existem coisas?
Viajo sem carro
Dentro de mim mesmo
Sem bela linguagem
Sem a bela dama
Sem um melodrama
Por que deveria?
Lembro-me dos textos
Que li sem cessar
Com seus finais trágicos
Reais, cruéis, duros
Cadê o romantismo
Que há dentro de mim
Onde está o subjeto
Cansei do objeto
Que não é tocado
Por minha feia mão
Telhas e telhado
Cheiro dissipado
Até a foz?
Quantos serão os cometas?
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