terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Horas

Esperava pelas horas.
Esperava sentada em lirismo, pelas horas.

E que elas viessem como expedições de nexos
E que elas viessem em cores. Como Matisse.
E que elas viessem com olhos arregalados.
E que viessem a borboletar.

Esperou pelas horas.
Perdida no lirismo das horas que não chegavam.

Esperou
E com mais um pouco poderia bombardear a si com projetis de artilharia.


E durante a espera
as horas se foram.


Fernanda Paz

2 comentários:

  1. Esperava sentada em lirismo pelas horas... e durante a espera as horas se foram.
    amei seu poema, até parece Eu... tô aki nessa espera...
    bjos!

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  2. Brigada linda...

    Pior que vivemos uma eterna espera de não se sabe o quê...

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