Meu violão não gosta de mim
E também não gosto dele
Nunca soube afinaá-lo
E nunca obtive dele
Algum som apreciável
Mas ele que não se engane
Estás a me ouvir, violão?
Não te enganes comigo
Teu molde não é perfeito
Tua madeira está a empenar
Tu estás todo torto!
Mas irei te dominar
Meu violão me imita
Pois é muito temperamental
Ai, ai, negro violão
Não tem corda de metal
Pois o maior desejo dele
Era meus dedos ferir
Já frustrei meu mui amigo
Fique aí, que fico aqui!
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