terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Prece de mim

[prece.jpg]

Minha alma, torta, velha, distante
Espera o dia, a vez o instante
De ser tocada por uma mão de pele
Como a tua que preciso, mas não digo.
Meu peito arde em delírios vãos
Esperando na noite o que o dia não trouxe
O que a vida não me deu ainda
O que nos dias de medo, não coube.
Por distração, me vi nos braços do delírio
Me encostei nos ombros de ninguém
E fingi ter pressa de acabar logo com a espera
E driblar as palavras envolvidas nos risos.
Partindo da minha atmosfera
E invadindo tua boca
Resumi meus pensamentos a um completo nada
Só pra encostar minha vida, na sua.
De que me valeria fazer sentido o eu,
Se o contigo ainda era um enigma.
Grito a todos que não tenho pressa
Que me venha ao tempo que achar preciso
Pois confesso, que de vez em quando meus joelhos vão ao chão
E se amar é um processo lento,
Quero que demore tempo suficiente para que envelheça a solidão...

(Halifas Q.B.)

6 comentários:

  1. Confesso que gostei, que gostei muito!! E que lembrei de mim...

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  2. :)....vlw john...esses poemas que saem na madrugada sempre dizem muito em poucas palavras...vlw mesmo cara.

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  3. DE QUE ME VALERIA FAZER SENTIDO O EU SE O CONTIGO AINDA ERA UM ENIGMA..
    BRAVO, LINDO, MAGNÂNIMO E O RESTANTE TAMBÉM, SÓ UM DESTAQUE ESPECIAL,RSRSRS. VALCIÃN

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  4. "quero q demore o tempo necessário p q envelheça a solidão".mas q lindo!! confesso que, como o Jônatas, lembrei de mim...
    bjos!

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