Intensas palpitações...
Só queria respirar!
Queria que a vida passasse
Em suaves prestações
Mal ensaiei viver
E já me vi em risco
Brindei sem prazer
Escondendo as lágrimas em ciscos
Como num filme de terror
Me debato pra escapar
Das presas hediondas da morte
Que tenta me silenciar
Crescendo bem devagar...
Maldito corpo estranho!
Ressaltando o quão sou efêmero
Minando meus sonhos...
Te cortei fora
Como um dedo podre
Pare de me ameaçar
Não pode me machucar!
Saia de minhas vísceras!
E de outras úlceras
Contrario seu diagnóstico
Fugindo deste quadro clínico...
Me recuso a cair assim
Como um castelo de areia
Pois é nesse tempo ruim
Que minha coragem incendeia...
domingo, 27 de novembro de 2016
sábado, 5 de novembro de 2016
TALVEZ UM DIA...
Talvez um dia eu possa encontrar alguém
Que me admire, e não me julgue
Que demonstre o que sente, e não se oculte
Que me faça sentir mulher, e não um ser ínfimo.
Talvez um dia eu possa encontrar alguém
Que me faça sentir viva, e não decadente
Que seja companheiro e não repressor
Que permita eu sentir e viver, ao invés de prender.
Que permita eu sentir e viver, ao invés de prender.
Talvez um dia eu possa encontrar alguém
Que seja recíproco e não indiferente
Que fique ao meu lado e não me abandone
Que seja verdadeiro e não traiçoeiro.
Talvez um dia eu possa encontrar alguém
Que me traga a alegria, e não a tristeza
Que me traga a paz, e não a angústia
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
MEU VIOLINO
E esse instrumento, que toca um som de anátema!
Um som triste e ao mesmo tempo vibrante,
Dolorido e angustiante, mas que me acalma!
Por que meu violino te fizeram assim,
com esse amargo poder de brandar minha alma?
Suzan Sioux (10/12/2014)
terça-feira, 15 de julho de 2014
MEU SORRISO
Vontade de sorrir espontaneamente e verdadeiramente.
Um sorriso autêntico, um sorriso alegre, um sorriso intenso...
Mas o meu sorriso é preso e quando solto é discretamente.
Um sorriso fajuto, com pouca emoção e que logo é suspenso.
...
Um sorriso pode valer mais do que mil palavras.
O meu, vale um silêncio.
Suzan Sioux
15/07/2014
quinta-feira, 24 de abril de 2014
SOLIDÃO GENUÍNA
Prefiro a minha solidão genuína
à falsa presença de qualquer pessoa.
Simular um sentimento de simpatia
só alimenta a tristeza que minh'alma escoa...
Suzan Sioux
24/04/2014
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Sobre Verdades'
mudam as cores,
o clima,
o verso
a rima;
Mudam os jeitos,
a sintaxe da vida,
as regras do jogo.
E os aplausos se invertem.
Mudam os olhares,
e mudam os caminhos.
E o poeta ganha uma verdade
que não muda jamais.
Verdades não mudam,
embora pareçam mentiras;
embora descompostas,
perdida e desejada ferozmente.
Verdade é verdade e isso basta ao mundo.
Mas,
o mundo muda.
A intensidade da chuva,
a sombra na lua,
o formato da nuvem,
a posição do sol.
Verdades continuam,
não passam como as águas embaixo da
ponte. São segredos existenciais na
sublime existência mal vivida.
O que é humano passa, muda e se desfaz.
O que é de Alma se intensifica, é sólido,
ríspido e claro. E é claro: Não MUDA!
Alma é maior que corpo, e maior que o mundo,
e maior que qualquer outra verdade bem dita!
Haia Saer'
domingo, 16 de fevereiro de 2014
De um caminho
Foto: Pernes
Uma confusão de estrelas nos teus olhos
Fez que ia me distrair do resto do mundo.
E no que meu único mapa era você,
Um labirinto chamado sorriso
Cuidou de mostrar o caminho do beijo
(Halifas Quaresma)
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Clandestina
Ela
Está em conflito
Ensaia um mudo grito
Sem muito êxito
Ela...deu respostas errantes
Viu o romper de limites
Assustar o seu amante
Nessa vida clandestina
O desejo alivia como morfina
E para um espírito tão ardente
O novo é a chama providente
Tenho dito
Sem meio termo
Nada Prescrito
Ou mais do mesmo...
Ela...
Rasgou a bolha
Tem marcas de batalha
Na pele retalhada
Ela...perde os sentidos
No toque incontido
Do amor consentido
Na tua dança clandestina
Cigana, teu íntimo alucina
Se a tua natureza é louca
Deixe-a rosnar até ficar rouca
Ainda repito
É folga no aperto
A mostra no encoberto
No defeito é concerto
É sonho acordado
Em beijos acalorados
Mulher que aflora
Na pressa do agora
Pode as vezes parecer imprudente
Mas sobre o que quer é bem ciente
Mesmo desatinando a andar na contra mão...
Ainda parece estar repleta de razão...
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Entre No Jogo
E a carne fraca
Embalado a vácuo
Inofensivo mas fátuo
Nas Regras impostas
Cerceiam as castas
Exibem pelas costas
Tuas vergonhas tácitas
Bati seu retrato
Em meu molde barato
Comprou minha briga
Reluziu minha intriga
Um pouco mais velho
Porem o mesmo paspalho
No auge da raiva
Engasgou na própria saliva
Vai desistir logo
E entrar no Jogo
Descobre no epílogo
Que se prendeu
A um monólogo
É a vez da omissão
E do denso retardo
Pedido de permissão
Calma no absurdo
Usa a melhor esquiva
Manobra evasiva
Ação preventiva
Covardia incisiva
Na frágil reprimenda
Ao mínimo desejo
Tu engole seco
Com fino traquejo
Sujeito sem predicado
Tem o sonho deformado
Um amor enlatado
E amigos inanimados
Como refugo
Vai Entrar no jogo
Vão Negar Afago
E te repelem
Âmago vago
ACONTECIMENTO FORTUITO
_ Olha a garota que caiu,
Vamos ver o "formidável"?!
Quem viu apenas riu
Do momento desagradável.
(_Que humanidade egoísta
De pensamento detestável
Enquanto escorregava e caía
Não tive ajuda, só aplausos.)
21/01/2014
Suzan Sioux
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